sexta-feira, 23 de maio de 2008
Vitrine na loja, ou a loja já é uma vitrine?
Ao montar uma vitrine observe:
A iluminação: Luzes quentes são melhores do que as frias. Pequenos focos individuais em cima dos produtos produzem um bom efeito.
A disposição dos produtos: Agrupe-os por famílias, com afinidades entre si. Os que forem novidade merecem maior destaque.
A organização: Vitrine bagunçada é sinal de loja desorganizada.
O tema: É bom sempre eleger um tema, que pode ser de época, ou datas comemorativas.
A limpeza do local: Produtos empoeirados são proibidos. A falta deles também. Criatividade numa vitrine vale mais do que o dinheiro investido para montá-la.
Preste atenção: se o produto "encalhou" dentro da loja, não será a vitrine que vai vendê-lo. Se não deu certo dentro da loja, dará menos certo ainda fora da loja.
A vitrine remonta ao Império Romano
A história da vitrine remonta o Império Romano, onde já havia lojas em salas retangulares, tendo ao fundo um mezanino como moradia do lojista. Naquela época, já havia a preocupação em expor os produtos em prateleiras e surgiam os primeiros esboços de um shopping center, como o Mercado Trajano, do século II D.C., que tinha seis andares e 150 lojas, organizadas a partir dos produtos que vendiam. Com o fim do Império Romano e a chegada da Idade Média, as lojas praticamente desapareceram, passando o comércio a ser feito em feiras. Foi só na Renascença que o comércio em lojas floresceu novamente, devido à era do Mercantilismo. Os joalheiros e artesãos criaram um tipo de vitrine para expor seus trabalhos, uma versão antiga da vitrine. No século XIX, com a Revolução Industrial, as lojas se proliferaram por toda a Europa e as palavras “vitrine” e “decoração” passaram a entrar em uso. Em 1850, apareceram as primeiras "bonecas de moda", feitas em porcelana e couro. Elas desapareceram quando as manequins, simulando figuras humanas tomaram o seu lugar. Foi no período da Rainha Vitória (1832-1895) que surgiram as vitrines como são hoje: janelas mostrando a mercadoria ao público passante. A partir de 1852 apareceram as primeiras lojas de departamentos em Paris, com vitrines chegando ao nível da rua. As pessoas saíam de casa "para ver vitrines". Os manequins eram feitos com mais de 100 quilos de cera – no verão derretiam, e no inverno, rachavam. Aliás, atribui-se aos franceses como pais da evolução das vitrines, cuja palavra vem do vocabulário francês (em português, o certo seria vitrina). Desde então, além de produtos e ofertas, elas exibem também mudanças de costumes, avanços da tecnologia e reflexos do tempo em que se vive. Na virada para o terceiro milênio, ganham mais arte, mesmo que a loja esteja se convertendo na própria vitrine, como acontece nas “open store”.
Matéria extraída do site Revista Fox
http://www.fhox.com.br/prox1_55.htm
VITRINE: QUE MÍDIA É ESSA?
O objetivo do vitrinismo é vender. Vender sonhos e fantasias, criando atmosferas que envolvam o público passante a ponto de fazê-lo entrar na loja e comprar o seu produto.
Para tanto, o primeiro grande desafio é exercer com competência essa espécie de poder hipnótico que atrai o olhar e faz o cliente, literalmente, “parar” na sua vitrine.
Observar belas vitrines é muito prazeroso, chega a ser quase sinônimo de passear. Alguns chegam a afirmar que se trata de atividade verdadeiramente terapêutica!
Para o lojista, a vitrine é uma mídia, a mais barata e de mais rápido retorno.
Seu custo mensal é irrisório quando comparado aos custos de outras mídias e ações promocionais: jornal, revista, mala direta, catálogo.
Além disso, é a mais rápida das mídias, pois o efeito sobre o consumidor é instantâneo: uma vez bem conceituada e executada, imediatamente começa a gerar vendas. Se não funcionar, ajustes podem ser feitos de forma rápida e econômica.
A vitrine é, por excelência, o cenário ideal para materializar, em 3D, diferentes roupagens para o conceito essencial de sua marca, linhas e coleções de jóias. Nesse sentido, a concepção de uma vitrine deve ser tão pertinente aos desejos, necessidades e aspirações do seu cliente quanto todo o plano de comunicação da empresa.
O cliente, ao se deixar envolver pelas sensações propostas pelos cenários que sucessivamente ocupem o palco de sua vitrine, vai querer se tornar o protagonista das histórias que nela estiverem sendo contadas. Para isso, vai acabar adquirindo o seu produto como quem adquire as sensações positivas geradas pelas ambientações de sua vitrine.
Tema
Vitrines cotidianas, sem um tema específico, têm menos chances de atrair o olhar e destacar sua loja. Boas inspirações para a criação desse tema podem ser:
Campanhas de marketing. Nesse caso é obrigatória a presença das jóias veiculadas nos anúncios;
Datas comemorativas comumente utilizadas pelo varejo joalheiro, como Natal, Dia das Mães entre outros;
As quatro estações de ano;
A biodiversidade ecológica brasileira e suas diferentes regiões, como a Floresta Amazônica, Mata Atlântica e o Pantanal;
Outro temas: Carnaval, Descobrimento do Brasil, Semana da Pátria e outros temas ligados ao orgulho de ser brasileiro são super atuais e culturalmente ricos, eventos esportivos, como, Olimpíadas, Copa do Mundo;
Para fomentar as vendas de jóias infantis, férias e volta às aulas podem ser temas interessantes, quando bem trabalhados;
Oportunidades pontuais - como liquidações e promoções – podem ser exploradas, mas sem desvalorizar o produto.
Mix de produtos expostos
Vitrine não é estoque. A concentração de muitas jóias e relógios na vitrine tende a confundir o cliente;
O ideal é que a maior parte das jóias seja agrupada em coleções;
Não é indicado reunir peças sem um conceito único na mesma vitrine. Isso faz com que percam a mensagem e a emoção que se pretende despertar no cliente;
A quantidade de peças deve ser guiada pelo bom senso e ser coerente com o espaço disponível na vitrine;
Observe os “respiros” – espaços entre as peças ou grupos de peças;
Um bom mix de vitrine reflete o estilo da loja. Por isso, contemple desde os lançamentos até o seu carro chefe, fortalecendo a imagem da sua marca a cada troca;
Reúna em grupos as jóias só de ouro (sem gemas), um grupo de pérolas, diamantes, gemas coloridas (atenção para as cores da estação), uma seção de jóias para jovens;
Promoções e lançamentos merecem um espaço só pra eles;
Relógios para homens devem estar próximos às jóias masculinas;
a função de selecionar peças para a vitrine deve ser de responsabilidade de pessoas diferentes. Esse rodízio evitará que as preferências e o gosto de uma única pessoa façam com que as peças da vitrine tenham sempre a mesma “cara”.
Preços e outras informações
Muitas vezes, o cliente não entra numa joalheria por achar que os preços das jóias e relógios possam ser proibitivos para o seu bolso. Aqui vão algumas dicas:
Coloque toda a comunicação escrita sobre preços, prazos e facilidades de pagamentos;
Informe-se na Ajesp sobre Um Termo de Compromisso assinado entre o PROCON e a associação que dá o direito às empresas associadas de deixar até 20% do total de peças expostas sem a indicação preços na vitrine.
Texto para Box
Em 2002, o IBGM lançou o Programa Mais Varejo, de capacitação da mão-de-obra para esse segmento. Os treinamentos são ministrados nas entidades estaduais e utilizam material didático sobre conhecimento do produto, vendas, gestão, estoque, atendimento contemporâneo e pós-venda. Abaixo, um resumo do conteúdo sobre vitrinismo contido no Mais Varejo, com texto de Simonetta Sandroni, da Attempore Consultoria.
Luminoso: o luminoso da loja deve ser visto à distância. Nenhuma lâmpada pode estar queimada e ele deve ser limpo periodicamente;
Fachada: a fachada da loja é a moldura da vitrine, e seu estado de conservação precisa ser impecável;
Bancadas: a altura das bancadas é muito importante, pois deve permitir aos clientes observar os produtos com conforto. Jóias precisam ser observadas de perto. As bancadas devem ter uma largura que permita a colocação dos displays, porém não tão larga que dificulte o manuseio das jóias pela equipe de vendas. Nas vitrines de dois ou três níveis é importante observar a correta iluminação de todas as bancadas;
Displays: os displays são a base sobre a qual as jóias são mostradas. Devem estar limpos e ter sua forração trocada periodicamente. Podem estar ligeiramente inclinados em direção ao cliente, mas não muito, para evitar que os expositores escorreguem. Jóias que fazem parte de coleções devem ser expostas agrupadas em displays conceituados;
Montagem dos displays: as jóias expostas devem ser “lidas” e “entendidas” pelos clientes. Ao montar, por exemplo, uma coleção de anéis para dedinho no display, é interessante colocar o anel de valor mais baixo na frente e seguir em ordem crescente de preços. A leitura de um display é feita da esquerda para a direita e de baixo para cima;
Expositores: os expositores valorizam as jóias, colocando-as na posição ideal. Devem estar bem conservados e arranjados sobre o display, agrupando jogos ou linhas de jóias;
Exposição: a exposição deve ser observada várias vezes ao dia, evitando expositores caídos ou tortos, ou “buracos” deixados por jóias vendidas. As jóias expostas devem ser trocadas periodicamente, mostrando sempre novidades;
Oxidação: poluição, luz, umidade ou condições climáticas podem oxidar os metais da liga de ouro, escurecendo as jóias. Este efeito é muito negativo para o cliente, e devemos manter as jóias de vitrine sempre limpas brilhantes;
Etiquetas: as etiquetas das jóias, na medida do possível, não devem ficar visíveis, pois “poluem” o conjunto. Se as etiquetas são retiradas quando a peça é exposta em vitrine, o seu controle deve ser muito efetivo, evitando trocas na hora da recolocação;
Limpeza: a limpeza da vitrine mostra o cuidado que temos com nossos clientes: vidros limpos e sem marcas de dedos, bancadas sem poeira, displays e expositores impecáveis. A limpeza da vitrine representa nosso respeito com o cliente;
Colocação e retirada: a colocação e a retirada da vitrine devem ser realizadas com a loja fechada. É importante manter um controle pelo menos numérico das jóias expostas, atualizado diariamente. Após a colocação é interessante que um funcionário observe a vitrine pelo lado de fora, para ajustar o alinhamento das jóias, verificar se as etiquetas estão bem escondidas e se a bancada e vidros estão perfeitamente limpos;
Equipe: a equipe de vendas deve criar o hábito de olhar a vitrine várias vezes por dia, mantendo sua aparência organizada e limpa, e procedendo à reposição das jóias vendidas, ou ao ajuste das jóias que permaneceram no display;
Concorrência: é muito importante observar as vitrines da concorrência, verificando se estão expondo jóias iguais com valores mais baixos, ou oferecendo alguma promoção especial. Assim a equipe está preparada para argumentar com o cliente;
Localização: todas as vitrines, por diferentes razões muitas vezes desconhecidas, têm um “canto” ou um “lado” que vende mais, que atrai o cliente. Os displays de jóias podem ter um rodízio de localização nas vitrines, entre uma e outra troca de jóias. Desta maneira, os clientes habituais terão a impressão que “as jóias da vitrine mudaram”, e sentirão vontade de olhar a vitrine. No caso de alguém que está “namorando” uma jóia, não encontrá-la mais no mesmo lugar gera um sentimento de perda, que faz o cliente entrar na loja e perguntar: - “Aquele anel de ouro e pedra azul da vitrine foi vendido?”. Ótimo, o cliente entrou e o anel poderá ser vendido!
Texto extraído do site http://feninjer.com.br/
http://www.feninjer.com.br/action/pt/imprensa/2_catalogo_oficial42_marketing
quinta-feira, 8 de maio de 2008
artigo - Wilson de Oliveira Souza
Abaixo segue o resumo do artigo e o link para acessá-lo:
Vitrina, a pin up moderna
Este artigo propõe pensar as vitrinas como mensagens midiáticas, atuando com
estímulos sensoriais mediante artifícios sedutores. Ao apoderar-se do design e de
elementos comunicacionais, a vitrina transforma-se, dissimuladamente, em referência
da própria polis, misturando sonhos, desejos, angústias e necessidades na urbe
contemporânea. As vitrinas, que outrora funcionava como simples expositora de
produtos, hoje se transformou em arquitetura simbólica e exerce uma nova função: a de
seduzir os passantes. Essa neofunção importa em mergulho no imaginário, uso de novos
elementos estéticos e apropriação de sonhos, concretos ou intangíveis, que beira o
lúdico, sem perder a sua real intenção: aumentar as vendas.
www.intercom.org.br/papers/
quinta-feira, 17 de abril de 2008
tese de mestrado - Wilson de Oliveira Souza
“Faço, atualmente, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e percebi que até agora ninguém tinha estudado esse tema, que está diretamente ligado à questão do comércio e da arquitetura interna”, declara.
Ele divide a função do vitrinismo em duas partes: o profissional que se preocupa em harmonizar a decoração, mas que não possui a teoria do porquê disso, e aquele que entende sobre as cores e sua psicologia, comportamento do consumidor, seu perfil, classe socioeconômica, movimentos econômicos micros e macros etc.
Abaixo está o link para acessar a tese na íntegra:
identidade visual na vitrina: um sistema de comunicação visual
http://www.usp.br/fau/docentes/depprojeto/i_minami/mestrado/alunos/Wilson.htm
Exposição que seduz
Maristela Rizzo
Às vésperas do Natal, shoppings e lojas do comércio automaticamente passam a se preocupar com suas vitrines, esperando assim atrair mais consumidores para seu estabelecimento. Uma atitude correta, se formos levar em conta que pesquisas afirmam que uma vitrine bem-feita pode provocar em torno de 70% de aumento das vendas. O único porém desta questão é o fato de que os proprietários priorizam esse “cartão de visita” apenas em datas especiais, como o Natal, Dia das Crianças, Halloween, entre outros, esquecendo que essa preocupação deve ser colocada em prática no dia-a-dia.
Como a disputa no mercado é cada vez mais ampla, os estudos realizados sobre o comportamento do consumidor estão cada vez mais segmentados, abordando temas como recepção da mensagem, o cliente no ponto-de-venda, interferência da cor no ser humano, como determinada ação afeta a psique das pessoas, entre muitos outros.
Trata-se de um assunto amplo e antigo. A história conta que a preocupação com essa relação entre consumidor e produto vem desde o século anterior a Cristo. Alguns estudiosos já afirmam que o primeiro shopping center foi desenvolvido na época do imperador romano Trajano (98 d.C. a 117 d.C.), ou seja, uma concentração de lojas divididas em vários pisos.
Mesmo assim, poucas pessoas se preocupavam com o assunto vitrinismo. Este tema é visto com maior importância em países ditos centros da moda, como França, Suíça, Estados Unidos, Japão e Espanha. Já no Brasil não existem cursos superiores sobre essa prática, sendo mais comumente abordado em cursos técnicos de segundo grau e, mesmo assim, muito pouco.
Wilson de Oliveira Souza, professor universitário, artista plástico, comunicólogo, pesquisador e designer de vitrine, se dedicou tanto a esse assunto que hoje defende uma tese sobre o assunto vitrinismo, que será a primeira da USP (Universidade de São Paulo). “Faço, atualmente, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e percebi que até agora ninguém tinha estudado esse tema, que está diretamente ligado à questão do comércio e da arquitetura interna”, declara.
Ele divide a função do vitrinismo em duas partes: o profissional que se preocupa em harmonizar a decoração, mas que não possui a teoria do porquê disso, e aquele que entende sobre as cores e sua psicologia, comportamento do consumidor, seu perfil, classe socioeconômica, movimentos econômicos micros e macros etc.
São tantas emoções
Como Freud dizia, “quando razão e emoção se chocam, quem ganha é a emoção e não a razão”. Dessa forma, uma dica que o lojista sempre deve levar em consideração é que cerca de 70% das decisões humanas na hora da compra são emocionais. “As pessoas não estão comprando produtos, mas sonhos, desejos e simbologias”, afirma Souza. “Isso ocorre até em gêneros de primeira necessidade, como arroz e feijão. Como as pessoas vão muito atrás de marcas e a luta pelo mercado é cada vez maior, as empresas que fornecem estes produtos passaram a anunciar em televisão.”
Para atingir esse lado do consumidor, o comerciante tem que usar a vitrine de forma que ela seja emotiva e sedutora e não apenas como uma ferramenta expositiva do produto que a loja possui. Existem pesquisas que afirmam que a utilização de linguagens artísticas e emocionais de forma adequada aumenta entre 70% e 75% a venda, percentual, que pode crescer em 150% se for adicionado um objeto decorativo em movimento.
Souza comenta ainda que o Brasil é campeão de decisão de compra no ponto-de-venda. Cerca de 85% dos brasileiros optam por adquirir um determinado produto na loja, sendo que apenas 15% já saem de casa decididos pela marca e produto a ser adquirido. “O lojista precisa se preocupar com qual é seu público-alvo. Se ele pensar que todo mundo é seu comprador e não trabalhar de forma direcionada certamente não terá uma comunicação efetiva”, aponta.
Normalmente, para não gastar com um profissional, o proprietário de uma loja acaba utilizando a funcionária que tem mais “jeito” com decoração para arrumar a vitrine. Essa decisão pode incorrer em erros, como, por exemplo, utilizar uma luz fluorescente que altera a coloração do produto ao ser exposto.
Para Cassiana Januzi Rosa, autora do livro Manual de Vitrine (ed. MZCebrián) e proprietária da C.J.R. Vitrines e Promoções, apenas uma pequena parcela do mercado tem consciência da importância do vitrinismo, pois, infelizmente, a maioria ainda acredita que essa prática é uma despesa e não um investimento. “As grandes redes, há tempos fazem altos investimentos em vitrines, pois perceberam a valorização que traz ao seu produto e, com certeza, tiveram aumento em seus lucros”, ressalta ela, estimando que os pequenos e médios vão ter que ceder uma hora, pois estão ficando defasados e perdendo clientela para as grandes redes. “Atualmente já existem pequenas e médias lojas que fazem algum tipo de investimento com vitrines, tanto na contratação de um bom profissional como investindo em cursos relacionados ao setor para seus funcionários”.
Dicas
Vale lembrar que criatividade não requer dinheiro. Podemos observar no nosso dia-a-dia pessoas que, mesmo adquirindo roupas e acessórios em locais baratos e liquidações, conseguem harmonizar as peças e as cores de forma atrativa, ao mesmo tempo em que existem homens e mulheres que freqüentam lojas de grife sem senso de beleza. “No vitrinismo é a mesma coisa. O lojista, mesmo sendo micro ou pequeno, pode utilizar seus próprios produtos, desde que haja um planejamento”, declara Souza.
O conselho principal do profissional é que o proprietário procure não entulhar a vitrine com um monte de produtos, pois o excesso de informação é mais pernicioso do que a falta dela.
O lojista deve ter sempre em mente que a vitrine é o seu cartão de visita, o seu chamariz para o cliente, por isso ela precisa ser renovada a cada 15 dias. Ele deve também se importar com o local onde a papelaria se encontra. Se for uma loja de esquina, a vitrine tem que ser trabalhada de uma forma. Já se estiver no meio da rua, tem que ser decorada de outra maneira, procurando salientar seu visual de acordo com a percepção do passante.
Outro ponto fundamental é não ter medo de pedir ajuda. Existem órgãos, como o Sebrae e a USP, que orientam o lojista sobre as formas corretas de decoração, atendimento e gerenciamento. Além disso, alguns fornecedores de materiais acabam atuando dessa forma. “Em uma palestra, uma funcionária de papelaria me contou que um fornecedor indicou que ela procurasse expor os lápis em um local com
Toda promoção ou campanha de descontos da papelaria deve ser anunciada de forma visível e clara ao consumidor e neste caso a vitrine também deve entrar no plano de marketing do estabelecimento. Também nesta parte o proprietário deve ter um amplo conhecimento de seu público-alvo, evitando equívocos, como anunciar em jornais de circulação nacional, sendo que o cliente de Recife jamais virá para São Paulo para adquirir um material escolar, por exemplo. “É de suma importância que o proprietário de qualquer estabelecimento se mantenha informado, pois até o aumento do petróleo no Iraque faz com que haja mudanças no comportamento do consumidor, que pode ficar mais temeroso”, salienta Souza.
Como Cassiana lembra, geralmente a papelaria não possui uma vitrine em seu estabelecimento, ou, quando a tem, é muito pequena. Nesse caso as prateleiras e o balcão da loja acabam sendo os locais de exposição dos produtos. “Meu conselho é que mantenham suas lojas sempre muito bem organizadas e com um merchandising de primeira. Todos os produtos devem ficar expostos aos olhos de seus consumidores”, direciona ela.
Uma boa dica oferecida pela autora é a elaboração de uma decoração voltada para produtos adicionais, como, por exemplo, uma loja que comercializa CD´s para gravação, expor juntos as capinhas; onde tem um lápis, colocar ao lado borrachas e estojos e assim por diante. “É o mesmo caso de um mercado, que no setor de massas, coloca o queijo, o molho branco, uma latinha de massa de tomate etc. Um produto acaba puxando o outro.”
Cassiana ressalta que não faltam temas para decorar a loja e a vitrine e que essa prática não pode ficar restrita, de forma alguma, apenas a datas especiais. “É necessário exercer a criatividade durante todo o ano, pois é fora dessas épocas especiais que essa preocupação aumenta, pois são nesses períodos que a disputa pelo consumidor cresce”, comenta. Por isso, recomenda aos proprietários que acompanhem as estações do ano, aniversário do bairro, eventos esportivos. “Teremos o Pan Americano, em 2007, que pode ser muito bem trabalhado. Mas não esqueça de realçar a colocação de preços nos produtos de venda, pois é obrigatório, podendo até acarretar em multa caso não seja destacado”, recomenda.
Todos sabem que não é apenas a decoração de uma loja ou uma vitrine bem-feita que fidelizará cliente, pois um bom atendimento, qualidade de produtos e preço ainda respondem por 50% das compras, mas, lembre-se: a partir do momento que uma pessoa entra em sua loja, ela já é um consumidor em potencial.
Retirado de: http://www.lojaspapelaria.com.br/edicao148_vitrinismo.asp
design X designer
Como esse blog tem como objetivo abordar temas relacionados ao design de vitrina, as palavras design e designer serão utilizadas o tempo todo. Assim, é importante que o uso de cada um desses termos seja feito corretamente e que seus significados fiquem bem claros!
Design é um esforço criativo relacionado à configuração, concepção, elaboração e especificação de um artefato. Esse esforço normalmente é orientado por uma intenção ou objetivo, ou para a solução de um problema.
Designer é o profissional habilitado a efetuar atividades relacionadas ao design.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
quem o designer de vitrina precisa conhecer
Vale a pena estar sempre de olho no que eles produzem!
Segue abaixo um pouco sobre a formação e experiência de cada um deles:
Sylvia Demetresco é Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC de SP, formada
Wilson de Oliveira Souza é Mestre
artigo "designer de vitrine"
Abaixo está o resumo do artigo. Vou me adiantar e passar o link pra vocês, antes mesmo dela mencionar qualquer coisa. hehe
Designer de vitrine: um vendedor de imagens e conceitos, enfocado na diversidade de temas e estilos.
Considera-se vitrine todo o espaço de loja, fachada e interiores, reservado a exposição de mercadorias destinadas a vendas. A finalidade deste artigo é apresentar mecanismos e conceitosbásicos no planejamento de uma vitrine ou espaço comercial e salientar a importância do designer neste contexto. Onde se procura trabalhar não somente a estética e as orientações técnicas na criação de uma vitrine, mas a criatividade deste profissional, também capaz de
induzir e estimular vendas. O estudo baseia-se nas estratégias de marketing comercial: layout, visual merchandising, despertando no profissional designer a criação de propostas que satisfaça ao cliente e ao empreendedor e reduzir os custos e gerar lucros.
http://www.anpedesign.org.br/artigos/pdf/Designer%20de%20vitrine%20%20um%20vendedor%20de%20imagens%20e%20conceitos,%20e%85.pdf
post inaugural
Este blog é um espaço destinado a qualquer pessoa que se interesse por design de vitrina e que procure a oportunidade de buscar informações, estar sempre em contato com novidades e trocar experiências e idéias.
Espero que a gente transforme o interesse em comum em oportunidade sem limites de aprendizado!